sábado, 31 de maio de 2008

Pelas ruas de Portugal...


"O meu olhar"


O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás.

E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem.
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras.

Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo.
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender.

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos[...]

(Alberto Caeiro)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Shhhhhuu-va...

Shhhh...


Em certos dias
Enquanto te escuto, chuva
Os meus pensamentos se calam
Só faz sentido a tua calma
E adormeço dentro de mim.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sobre a companhia II


A veces estás solo... A veces no!

Enquanto estudo...


Esses últimos dias estou completamente envolvida com os trabalhos da Uminho e sem tempo pra postar, mas mesmo assim resolvi dar uma paradinha nos estudos e deixar pra vocês um blog que costumo visitar quando os dias parecem cinzentos.
Se seu dia ameaçar descolorir, dá uma passadinha por lá!
Remédio bom e barato! :)
O blog é de uma poetisa que amo: chama-se Rita Apoena.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

À procura do Eu...


Sinto-me como o hiato em meio às vogais
Olho-me no espelho e não me reconheço
Levianas são as minhas palavras
Indecisão?!
Desejo?
Até que ponto?
Obstinadamente, estou à procura de mim mesma.

Ele diz coisas que eu não saberia dizer...


A Dança

Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio
Ou flechas de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim deste modo que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho [...]


(Pablo Neruda)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Sobre as borboletas no estômago...



εïз Hoje elas estão assim: INCONTROLÁVEIS!!!
Voando freneticamente e mantendo meus olhos bem abertos.
Mesmo sem esperar, elas surgiram.
No fundo, pareciam pressentir.
εïз

domingo, 11 de maio de 2008

No Dia das Mães...

Porque a minha é a MELHOR!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Os poemas...


"Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão.
Eles não têm pouso nem porto, alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti."
(Mário Quintana)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sobre os sonhos...

Tenho a sensação de que meus sonhos são feitos de bolinha de sabão: redondinhos, coloridos, perfumados, leves, delicados e frágeis. Por vezes me pergunto se eles não poderiam ser mais parecidos com bolas de futebol. Fortes, resistentes. Quando surgem esses pensamentos, lembro-me que apesar de sua fragilidade, bolinhas de sabão são como os sonhos... Fábrica de sorrisos encantadores e mágicos. É, definitivamente bola de sabão! Imagina se eu deixaria alguém chutar meus sonhos?! Não, não suportaria a dor.

O sorriso...


... é a deliciosa e sutil combinação entre o SORvete de chocolate na casquinha, o RIso e os SOnhos!

Apenas brinca...

Hoje estive a ler alguns artigos em busca de algo que suscitasse em mim idéias. As mais variadas e malucas possíveis. Idéias...idéias...idéias...é disso que preciso no momento, pensei eu. Distraída como sou, me deixei levar pelas poesias, blogs, textos e artigos do mundo virtualmente real. Qual não foi a minha surpresa quando, durante o passeio, salta aos meus olhos o título de um artigo: Olhares e modos de ver. (Clica aí pra ler também!) Isso, pensei comigo! É exatamente disso que preciso: outras formas de ver, outros olhares. O artigo falava sobre inclusão, não era meu foco no momento, mas comecei a lê-lo mesmo assim atraída pela forma como as idéias dançavam no texto. Prazer este menor do que descobrir o autor do artigo: meu querido professor José Pacheco. Iniciei a leitura, mas não pude finalizá-la (confesso, tive que voltar ao artigo depois de postar aqui para lê-lo até o fim!) pois meus pensamentos perderam-se no trecho "[...] nunca percas o sentido lúdico da vida. É o modo mais sério de estar vivo. Deixar de brincar é pecado mortal, a perda do sentido do existir. Sempre que as acções dos homens não façam sentido algum, brinca. Brinca! Quando a cupidez humana pretender transformar os teus sonhos em pesadelos, brinca, sê corajoso." O que dizer?! Apenas sorri. Descobri por ONDE quero andar. Agora é descobrir COMO percorrer o caminho. O principal já me foi dito: Brinca! Quando as horas parecerem escorrer por entre seus dedos, brinca. Quando o sorriso dos seus olhos transformarem-se em lágrimas, junta-as todas e constrói teu próprio rio. Por ele deixa navegar teus sonhos, teus anseios, tuas alegrias, tuas meninices, teus medos; mas não esqueces de brincar. De divertir-se contigo mesmo. De rir das tuas tentativas frustradas. Chorar de rir das tuas trapalhadas. E quando nada mais fizer sentido...apenas brinca, corajosamente!