Tecendo sonhos em papel adormeci por cima das folhas. Por descuido, meu vidrinho de cola imaginário tombou, espalhando sua branca magia por todos os lados. O líquido mágico que antes unia uma letrinha a outra para formar ideias acabou por endurecê-las. Uma simples distração reduziu o pensamento a uma enorme mancha branca. O derramamento de cola mais parecia uma avalanche. Por onde passava deixava sua marca de destruição. Todos ficaram quietos, imóveis, estáticos. O fim era anunciado. As letras da Cidade do Pensamento baralharam-se todas. O Sr. Ponto Final em sinal de total desespero decretou: - Encerrado o trabalho por hoje. Finalizo o meu discurso. A Srta. Interrogação, sempre curiosa e questionadora tratou de perguntar a uns e outros o que estava acontecendo. Queria saber o motivo de tanta correria. Ouviu ao longe o Sr. Exclamação, jornaleiro da cidade, noticiar aos quatro ventos: Extra! Extra! Caos intelectual!
Seremos todos COngeLADOS! É o fim do PENSAMENTO!
Por dias, não ouviu-se um ruído sequer na bela Cidade do Pensamento…
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